Publicado originalmente no site da revista Cosmopolitan, em 2 de março de 2018
Entrevista: Frances McDormand fala de Três Anúncios Para Um
Crime
Desempenho no filme rendeu a ela uma indicação ao Oscar de
melhor atriz
Por Redação
Em Três Anúncios Para Um Crime, Frances McDormand vive
Mildred Hayes, uma mulher que teve a filha assassinada por um criminoso nunca
encontrado pela polícia. Quando o caso é arquivado, ela aluga três outdoors em
uma estrada abandonada para exigir justiça. E esse é apenas o começo de uma
longa jornada para a protagonista.
O longa concorre em sete categorias do Oscar deste ano,
entre elas a de Melhor Atriz pela brilhante atuação de Frances. Em um hotel
localizado em Veneza, ela contou várias curiosidades sobre a produção (entre
outras coisas) para a crítica de cinema Margaret Pomeranz. O resultado desse
bate-papo você confere a seguir:
Como surgiu a oportunidade de trabalhar com Martin McDonagh
(diretor de Três Anúncios Para Um Crime)?
Ele diz que já pensava em mim para interpretar Mildred, mas
prefiro acreditar que fui eu que pedi a ele quando nos encontramos em Nova York
durante a festa de estreia de The Pillowman na Broadway. Eu me apresentei e ele
disse que adorava o meu trabalho, que eu deveria participar de uma das peças
dele porque há sempre grandes papéis femininos. Respondi que era uma ótima
ideia, mas que sabia que ele estava pensando em fazer um filme e talvez ele
pudesse escrever um papel para mim. Assim que acabei de falar, pensei: “Céus,
não acredito que disse isso”, porque já vi vários atores fazendo isso com outros
cineastas, tentando não falar quase falando ou engolindo a frase e ficando sem
graça… mas foi o que fiz, e felizmente eu falei, porque ele respondeu que era
uma boa ideia. Acho que ele já estava pensando em mim para o papel e essa
conversa confirmou que eu estava pronta.
O que faria se tivesse lido o roteiro e não tivesse gostado?
Bem, não há possibilidade de eu não gostar. Onde existem
papéis como esse para atrizes? Simplesmente não há.
Parece que você não quis ensaiar quando o resto do elenco
ensaiou. Qual o motivo de sua escolha?
Nunca gostei de ensaiar porque acho que o filme tem uma
imediatez que os ensaios tendem a destruir. Mas se for ensaio com a produção,
com o diretor de fotografia e um diretor no dia da filmagem… ou se for
necessária preparação no dia anterior porque é uma tomada elaborada, algo numa
externa, com dificuldades técnicas múltiplas, estou completamente disponível.
Na verdade, sou minha própria ‘stand in’ (substituto de atores). Não gosto de
ter substitutas no set.
Você fica feliz com o reconhecimento nas ruas?
Tive que aprender lidar com isso do meu jeito. Começou a
ficar desconfortável quando meu filho era muito pequeno e eu era perseguida, e
eu não gostava de como ele me via naquelas situações porque nem sempre eu era
simpática. E ele perguntava: “Mamãe, por que você não foi simpática com aquelas
pessoas?” Porque muitas vezes era: “Pare. Não entre, eu estou aqui, você não
pode chegar perto.” Assim, eu não fiz publicidade por dez anos, para poder
assumir o controle da situação e ter a opção de dizer não para as pessoas. E
agora, no mundo dos celulares, sempre temos: “Posso tirar uma foto com você?” E
respondo: “Não, obrigada. Qual é seu nome? Eu sou a Fran.” E elas me dizem:
“Meu namorado não vai acreditar que conheci você.” Retruco: “Você está com o
cara errado”.
Texto e imagem reproduzidos do site: cosmopolitan.abril.com.br
Ela é uma maravilhosa atriz e seu ultimo filme é muito bom. Os filmes dramáticos sempre lidam com problemas reais, podem ser duros e cruéis, mas não devem ser escondidos. Recentemente vi um filme que me deixou chocado, a história é muito boa e acima de tudo faz o espectador refletir, O conto é um filme que vale muito a pena ver, o tema é interessante. É um dos melhores dramas. Un filme que debe assistir, você não vai se arrepender.
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