sexta-feira, 8 de maio de 2020

Em uma semana, Brasil registra 3.245 mortes por covid-19...

Enterro de vítimas da covid-19 em cemitério de Manaus.
Por Michael Dantas (VIA GETTY IMAGES)

Publicado originalmente no site HUFF POST BRASIL, em 7 de maio de 2020

Em uma semana, Brasil registra 3.245 mortes por covid-19 e supera 9 mil mortos

Só nos 7 primeiros dias de maio, ocorreram 35,5% das mortes causadas pelo novo coronavírus no País.

By Marcella Fernandes

O número de mortes causadas pela covid-19 no Brasil chegou a 9.146, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde às 19h desta quinta-feira (7). Em relação ao balanço divulgado às 19h desta quarta-feira (6), foram 610 novos óbitos confirmados. Só nos 7 primeiros dias de maio, foram confirmadas 3.245 mortes de brasileiros — o equivalente a 35,5% do total das vítimas.

Os dados reforçam o agravamento da crise sanitária. É o terceiro dia seguido com ao menos 600 mortes confirmadas em intervalos de 24 horas. De acordo com a pasta, desse total, 227 ocorrem nos últimos 3 dias.

Também nas últimas 24 horas, foram registrados 9.888 novos casos, crescimento de 8%. Ao todo, os diagnósticos confirmados no Brasil somam 135.106.

O maior número de diagnósticos positivos no balanço mais recente está no estado de São Paulo, com 3.206 óbitos e 39.928 casos. Em seguida, aparece Rio de Janeiro, com 1.394 mortes, Ceará (903), Pernambuco (845) e Amazonas (806).

Escalada da pandemia

Desde 23 de abril, o número de mortes confirmadas em 24 horas subiu do patamar acima de 400 em diversos boletins. Naquele dia, foi registrado o recorde de 407 óbitos confirmados de um dia para o outro.

Em 28 de abril, foram 474 mortes confirmadas em 24 horas. Nesse dia dia, o ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu o agravamento da crise sanitária, mas não anunciou qualquer ação específica. Dois dias depois, ele disse que a política pública não mudaria em função do número de mortes.

Nesta semana, o patamar subiu para 600 óbitos confirmados em 24 horas em 5 de maio e 615 nesta quarta-feira (6). De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, desse grupo, 140 mortes foram nos últimos 3 dias — 11 na quarta, 70 na terça-feira (5) e 59 na segunda-feira (4).

A expectativa é que o número atual de óbitos seja ainda maior devido à demora no resultado dos exames. Como o HuffPost vem noticiando, a lentidão no resultado de testes laboratoriais, que detectam tanto a causa da morte quanto se a pessoa foi contaminada, leva a um atraso nos dados oficiais.

Essa demora também se reflete no número de contaminações no País. Há uma subnotificação de casos confirmados ainda maior devido à limitação de testes de diagnóstico. O exame tem sido direcionado apenas aos casos graves. Desde o início da pandemia no País, a orientação tem sido para que apenas pacientes com sintomas severos procurem o sistema de saúde.

Nesta quarta, Wanderson Oliveira prometeu que a fila de testes pendentes de resultado nos laboratórios será zerada na próxima semana. “Nós vamos zerar a fila de testes. Isso fará com que o número de casos também aumente, porque tem muitos resultados aguardando para serem inseridos no sistema”, disse.

De acordo com o secretário, 93 mil testes aguardavam análise nos laboratórios públicos estaduais até segunda passada. Já as grandes redes privadas tinham mais de 100 mil exames que ainda não haviam sido incluídos no sistema do ministério até terça.

Segundo o mapeamento do Centro de Recursos de Coronavírus da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, foram confirmados 3,8 milhões de casos da covid-19 no mundo inteiro e mais de 268 mil mortes, de acordo com dados atualizados nesta quinta-feira (7). O Brasil está em 9º lugar no mundo no número de casos e no 6º lugar no número de óbitos.

Texto e imagem reproduzidos do site: huffpostbrasil.com

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