Publicado originalmente no site da revista GQ, em 29/11/2018
Marina Ruy Barbosa deixa fama de 'frágil e doce' de lado e
vira nossa Mulher do Ano em 2018
A atriz protagonizou duas novelas, está em dois filmes e fez
de 2018 seu ano. "Se alguém fala para mim que é impossível, vou atrás."
Um som de hélice paira no ar. Se estivéssemos em uma cena de
ficção, uma escada portátil seria jogada a esmo e uma heroína corajosa, em um
traje que parece ter sido costurado no corpo, desceria dela lentamente, degrau
por degrau, cabelos (ruivos) ao vento e pronta para salvar o mundo com punch de
garota superpoderosa. Tudo isso levaria cerca de um minuto de tela. Em um
piscar de olhos após essa tomada cinematográfica nunca filmada, temos uma musa
real voando ao nosso encontro.
Semanas antes de ser coroada nossa Mulher do Ano em 2018,
Marina Ruy Barbosa chega de helicóptero diretamente do Grande Prêmio Brasil de
Fórmula 1 e pousa na nossa porta. Vestindo um macacão, na vida real, tão justo
quanto o que imaginamos em nosso roteiro de ação, está pronta – porque não
requer retoques – para o shooting de capa da edição de dezembro e janeiro da GQ
Brasil que acontece em um domingo. “Confesso que sou apaixonada pelo que faço.
Estar no set me alimenta. Posso dizer que 2018 foi de muita alegria e de abraço
à minha profissão”, explica sobre este ano em que protagonizou duas (sim, duas!)
novelas – Deus Salve o Rei e O Sétimo Guardião.
Sobre sua incursão atual nas telinhas, ela relembra: “Fui
muito feliz em Império [em que viveu Maria Ísis, a Sweet Child do Comendador
interpretado por Alexandre Nero]. Quando terminou, Aguinaldo [o Silva] me falou
que escreveria um papel para mim. Então veio a Luz. Tenho em mãos uma
personagem escrita há mais de quatro anos que estava me esperando. Isso é de
uma responsabilidade enorme, e de alegria também”.
Ela ainda está em dois filmes, Todas as Canções de Amor, de
Joana Mariani, e Sequestro Relâmpago, de Tata Amaral, além de ter assinado uma
coleção-cápsula. “Crio metas. Se alguém fala para mim que é impossível, vou
atrás para tentar fazer ser possível. Me desafio. Fico orgulhosa de lembrar
daquela menina que, aos 8, já sabia o que queria, mas tinha receio de não
conseguir”, comenta.
Decidida, sua persona mignon não revela a força gigante de
quem lida com a fama televisiva desde cedo, além de administrar as próprias
redes sociais em second screen. “Essa é a minha realidade. Não sei dizer se
seria mais ou menos feliz sendo mais ou menos conhecida”, conta. São mais de 28
milhões de seguidores só no Instagram – “Sabem tanto de mim que até me assusto.
Mas muita gente acaba pensando que sou frágil e doce [risos]. Sou canceriana.
Claro que sou supersentimental, mas sou muito certeira naquilo que acredito e
no que quero”, diz a atriz revelando um segredo seu ainda não postado (até
agora). Apesar de se divertir com seus perfis, reconhece o lado mais cruel da
superexposição. “Algumas pessoas estão cada vez mais agressivas. Criam fakes só
para expressar alguma ‘opinião’ ou te desejar algum mal. Muito doido. Não
consigo entender como pode ter gente que perde tempo da vida escrevendo algo
para ferir a outra”, admite...
Texto e imagens reproduzidos do site: gq.globo.com
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