segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Paolla Oliveira, a bicampeã das 100+ em 2017



Fotos: Miro/Revista/VIP

Publicado originalmente no site da revista VIP, em 21 nov 2017

Paolla Oliveira, a bicampeã das 100+ em 2017

Não há quem fale mal de Paolla. Também, pudera: a atriz, dona de uma beleza fora do comum, encanta a todos com quem convive, e aqui na VIP não foi diferente

Por Pedro Borg 

Para falar de Paolla precisamos voltar para a Penha, zona leste de São Paulo, onde Caroline Paola (assim, com um “L” só) Oliveira da Silva cresceu.

Passou pela tradicional Escola Wolf Maya e, antes de virar atriz, se formou em fisioterapia.

Mas esqueça o diploma. Impor­tante mesmo foi seu papel em Belíssima, em 2005, que lhe rendeu projeção nacional.

Depois disso, sua carreira explodiu tão rapidamente quanto um chute de Jeiza, a policial de A Força do Querer: foram sete novelas, cinco séries e 15 longas-metragens.

O resultado de um ano incrível e de uma carreira irretocável foi o segundo título das 100+ (o primeiro aconteceu em 2013). Aos 35 anos, nossa bicampeã tem muito a comemorar – e nós também.

Explique por que você colocou um “L” a mais no seu nome.

Fiz um mapa astral e a pessoa fez um adendo que se mudasse os números do meu nome o resultado seria outro, mais próspero.

Ele deu algumas sugestões de letras que eu poderia adicionar e por sorte tinha um “L” lá, que não ia mudar muita coisa no meu nome.

Como é um dia na rotina da Paolla?

Um dia trabalhando em uma novela começa às 7 da manhã. Acendo um incenso, mas logo já fico acelerada com o meu personal trainer batendo na porta.

Depois dos exercícios, tento dar um mergulho no mar. Tenho até as 11 da manhã para decorar o texto e ir para o estúdio, e de lá muitas vezes saio só às 21h.

Chego em casa e sou reenergizada pelo meu “zoológico” [Paolla tem dez gatos e três cachorros].

Quando tenho tempo, gosto de passear no meu jardim e vejo se alguma planta deu flor, ou mesmo viajar para Araras, um cantinho que comprei no meio do mato para dar uma acalmada.

Praia ou mato?

Mato mesmo. Eu aprendi no Rio de Janeiro que a natureza tem várias facetas, mas ainda sou muito do mato.

Todas as minhas primeiras viagens depois de trabalhos longos são sempre para um lugar de natureza. Sinto que volto ressignificada desses lugares, no meu tamanho.

Você fala muito em ressignificação. Por quê?

Quando a gente fecha a cabeça, mesmo em um momento bom, começa a involuir e para de olhar para o outro.

Toda vez que pegamos um fato inesperado e o transformamos para o bem – no âbito profissional ou familiar – acabamos crescendo.

Gente de fora acha que, pela vida que temos, as portas se abrem, mas não é assim e eu nem quero que seja assim.

Em algum momento você já se sentiu maior do que é?

Sem demagogia, isso nunca aconteceu comigo. Mas esse ambiente de quem faz televisão cria uma expectativa para que você cumpra uma série de requisitos que não necessariamente precisa para ser feliz.

Essas viagens para o nada ajudam a me recolocar no meu lugar.

Aprendeu a gostar de fazer esporte com a Jeiza?

Lembro que nos meus primeiros quatro anos no Rio de Janeiro sempre dava entrevistas falando que detestava malhar.

Mas depois de um tempo fui encontrando um lugar dentro desse universo, encontrei uma rotina que faz bem para o corpo e a cabeça.

Aí acabei entrando nesse trabalho que exigiu fisicamente de mim. E eu uni o útil ao agradável.

Em entrevista recente você comentou que agora está satisfeita com seu corpo. O que mudou, seu corpo ou sua mente?
A verdade é que parei de tentar me encaixar em um padrão que não é o meu. Tem pessoas que são morenas, outras que vão tentar ficar loiras como a Paolla e não vai ficar bom.

É preciso encontrar o que fica melhor em você, e esse é um processo que inclui se gostar mais.

Qual é o seu guilty pleasure quando o assunto é comida?

Doces de crianças, Skittles, minhoquinha com açúcar, dente de vampiro. Tinha um negócio que eu comia na escola, que você colocava o pirulito em um saquinho… DipnLik! Eu adoro.

E quanto a séries e filmes?

É até esquisito: quando me falam que algo é ruim, aí, sim, eu fico muito a fim de ver.

É muito mais fácil de você concordar com o colega do lado se alguma coisa é legal, bonita, bem dirigida.

Gosta de beber?

Adoro, principalmente uísque. Fui para a Escócia aprender mais sobre a bebida. Não sou chegada em drinques porque o que gosto – cerveja, uísque e vinho – não se mistura bem com nada.

Ok, gosto também de uma cachacinha…

Como chegar na Paolla sem ser um babaca?

Eu percebo as pessoas muito rápido, então se o cara vem se achando, botando aquela pinta de galã, pagando de cara mais engraçado do mundo, amor… você virou um babaca para mim, e não vai conseguir me enganar.

Eu acho que se a pessoa chegar com o melhor que tem, do jeito que for, tá valendo. O cara pode vir com uma cantada sem graça, se eu sentir que essa é a onda dele, prefiro isso.

E o que chama a atenção da Paolla em um homem?
A leveza e o bom humor. Se for uma pessoa sisuda, com ar de que está sempre com problema, ai não funciona. Prefiro uma pessoa mais tranquila e bem humorada.

Não adianta chegar cheio de dilemas para mim, de problemas já basta a vida.

Você sente a diferença geracional no casamento? [Ela é casada com o diretor Rogério Gomes, 56 anos]

Normalmente procuramos quem pensa e acredita em coisas parecidas, então a diferença de idade fica distante.

Se o parceiro tem o mesmo ritmo que você, as mesmas vontades, é isso que vai definir se o relacionamento vai dar certo ou não.

A maneira que você encara a internet mudou depois que você virou “meme” em Felizes Para Sempre?

[risos] Não foi nesse momento, juro! Não consigo definir exatamente em que momento eu me abri mais na rede, mas eu — vou ser cafona mesmo, me desculpa — me transformei.

Eu tinha raiva da internet, não entendia aquilo, achava que aquilo tudo era muito rápido, que as pessoas se expunham demais, então de cara eu recusei.

Mas aos poucos fui tentando entender aquilo tudo sem me ferir e sem me tornar aquilo que abominava.

E descobri um monte coisas legais sobre mim: percebi que as pessoas gostavam daquilo que eu faço, da maneira como questiono e vejo o mundo.

Então fui me descobrindo e me soltando nas redes. Mas posso dizer com certeza que essa mudança não foi com o “Felizes”. Depois da série aliás, eu até dei uma escondida, fique tensa.

Mas então você não gostou de toda aquele furor?
Admito que não esperava todo aquele bafafá. O trabalho de fazer a Dany Bond não era nada naquele lugar. Ela era uma mulher problemática, insegura e com caráter duvidoso.

O tamanho da calcinha dela não me importava. Mas quando vi que a personagem virou fantasia de carnaval, fiquei um pouco assustada mesmo.

O que eles falam de Paolla…

“Eu me toquei que o papel da Danny Bond era bom quando em uma leitura inicial – ainda sem a Paolla – a Adriana Esteves comentou que, se tivesse 20 anos a menos, iria querer muito fazer esse papel. A Paolla não era a atriz favorita para ele, estávamos procurando uma cara nova.

Chamamos ela para o casting e logo de cara ela se mostrou muito afim de fazer o projeto, o que foi muito legal porque ela tinha acabado de terminar um trabalho como a estrela da novela das 9hrs. Ela foi muito bem, mas o Fernando [Meirelles] quis ver mais e a chamou novamente, agora para um teste com a Fátima Toledo, que estava nos ajudando no casting.

Depois de tudo aquilo, ainda não estávamos 100% convencidos da escolha da Paolla até que o Enrique Diaz — que foi parceiro dela na mini série — entrou na sala. Ele viu os vídeos dos testes e falou: “vocês ainda tem alguma dúvida? Não tem como. É ela!”. De fato, a Paolla reunia tudo que esperávamos. Além de estar afim e de ter entrado de cabeça no papel, ela é linda e tem um a mais que não se explica.

Ela queria quebrar a impressão que tinham dela. Vi uma atriz muito disponível e aberta, algo que não espero de uma global, protagonista de novela que já atingiu certo estrelato.

A partir de um momento da série, ela achou o trilho para a personagem e começamos a nos divertir porque o papel proporciona isso. Era um personagem dissumulada, que podia gostar de todo mundo, mas no fundo ser tudo mentira.

Junte isso aquela beleza e o poder sexual e você tinha uma personagem irresistível e potente. Quando eu revejo a série, não tem uma cena que penso que ela está mais ou menos. Em todos os momentos ela estava muito dentro da personagem, ela caiu como um luva, comprou sem julgamentos a “safada” da Dany Bond, aquela menina que você não sabia onde estava a verdade dela.

Quando eu revejo a série, não tem uma cena em que penso que ela está mais ou menos.”

Luciano Moura, um dos diretores de Felizes para Sempre?

“Nós somos muito parecidas, quase almas gêmeas separadas na maternidade. Temos a mesma energia, astral, senso de humor.

Somos muito pé no chão e não temos frescura, a gente não precisa de dublê, nós entramos de cabeça em tudo que fazemos.

É um prazer trabalhar com ela. A Paolla é linda por fora, mas por dentro ela é ainda mais bonita.

O pessoal que não a conhece acaba conhecendo só um pouquinho dessa pessoa incrível.”

Juliana Paes, atriz

“Quando recebi o convite para falar da Paolla, tinha acabado de ganhar um presente dela, e na hora comecei a pensar como ela é uma pessoa generosa. Mas ela é muito mais que isso. É difícil começar a elogiar a Paolla.

Ela é uma pessoa completamente aberta no trabalho, tem um jogo de cena delicioso, absorve tudo o que falam pra ela e transforma aquilo a seu favor.

Pessoalmente, ela quer fazer todos em volta dela se sentirem bem. Se pudesse defini-la com um adjetivo, seria farta. Ela quer passar toda aquela energia e bom humor para os que estão em sua volta.

Se alguém da equipe faz aniversário, ela é a primeira a se prontificar para comprar o bolo, organizar uma comemoração. Ela não precisa disso, mas faz porque se sente bem e faz os outros se sentirem da mesma maneira.

Ela tem muito amor, carinho e atenção para dar, e quer espalhar isso a todos a sua volta, e é algo que cativa. Ontem mesmo dei carona para uma pessoa da equipe que estava estarrecido com a presença da Paolla, e tudo o que vem com ela.

É muita luz e paz de espírito, mas sem deixar de lado o profissionalismo e o trabalho sério. Poderia fazer infinitos elogios porque é simplesmente muito fácil falar bem dela.”

Gisele Fróes, atriz

“É um privilégio contracenar com a Paolla. A relação que ela tem com o ofício é encantadora. Sua vocação e dedicação são contagiantes. Ela torna toda essa brincadeira de atuar uma grande experiência sobre o viver.”

Marco Pigossi, ator

” Paolla é dessas que surpreendem. Quando você começa adjetivar não para mais. Um senso de humor e inteligência emocional incríveis!

O Brasil pensa: ‘Como pode ser tão bonita, boa atriz, inteligente?’. Aqui vai uma dica: não faça isso. Não tente saber o porquê. Ela é assim e pronto!

Se ficarmos pensando nisso, chega uma hora em que dá raiva. Não busco definição para pessoas assim, apenas aceito que Deus tem várias receitas e agradeço a Ele por me colocar perto da Paolla.”

Rodrigo Lombardi, ator

Texto e imagens reproduzidos do site: vip.abril.com.br

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