quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Renata Dominguez







Publicado em: 26/05/2015 

Em busca de desafios como atriz, ela abriu mão do salário da Record. Para se entregar a um homem, é categórica: só com amor. Não tem como não amá-la nas próximas páginas

Fotos André Nicolau  Edição Ariani Carneiro Texto Pedro Henrique França  Styling Breno Votto Beleza Carla Biriba (bliss me makeup)

STATUS 46 - CAPA

Quando chegou ao hotel La Maison by Dussol, na Gávea, local do ensaio de capa, Renata Dominguez já tinha recebido o primeiro presente. Era Dia Internacional da Mulher, mas há 35 anos também é aniversário dessa mulher. Sua família, na virada da noite, apareceu com um bolo. Ao final do ensaio, após oito horas entre cliques, cinco trocas de (poucas) roupas e poses exercendo a sensualidade, mais um parabéns. Quando chegou em casa… Surpresa! Uma festa estava armada. Ela adorou tudo, mas não comeu nada de doce.

Numa dieta rigorosa de proteínas, além de personal trainer de domingo a domingo, ela tenta fixar o ponteiro da balança nos 55 quilos – bem distribuídos em 1,67 m de altura. “Tenho facilidade para ganhar e perder peso, mas sempre tive muita dificuldade para manter. Quando estou trabalhando, seco. Quando estou de férias, ganho uns quilinhos. Amo chocolate branco e queijos”, conta essa carioca mignon de perfil europeu herdado do pai, de traços espanhóis.

Difícil acreditar que, no auge de sua boa forma, ela sofra do efeito sanfona que revela, assim como em sua timidez. É que essa característica ela disfarça bem. “Preciso ser um personagem para encarar as lentes do fotógrafo. Quando estou muito tímida, rio e falo muito, me camuflo. Pareço extrovertida, mas não sou”, confidencia. Explorar seu lado sensual é algo que, diz ela, veio com a maturidade. “Como atriz preciso estar pronta para lidar com qualquer desafio. E preciso de desafio, é ele que me dá estímulo”.

Desafios – e estímulos – ela tem desde cedo. Filha de pai executivo de construtora, seguiu uma vida cigana conforme as transferências do trabalho. Saiu do Rio de Janeiro com 3 anos, teve infância em Goiás, aos 12 chegou no Equador. Com apenas dois meses na cidade, foi fazer um teste na Ecuavisa, maior emissora local, por indicação da dona da escola de dança que frequentava. Entre cerca de 300 equatorianas foi selecionada para ser apresentadora.

“Tudo na minha vida aconteceu assim. Achei que estava indo fazer um teste de dançarina e acabei sendo apresentadora. Quando voltei para o Brasil, foi a mesma coisa. Fui cursar arquitetura, acabei fazendo aula de teatro por hobby. Daí fui chamada para um teste de ‘Vale Todo’ (versão espanhola da Globo para Vale Tudo) e uma semana depois estava em Malhação”, comenta a atriz.

Depois de três anos na novela teen da Globo, ela se transferiu para a Record, onde fez cinco novelas e uma minissérie. Saiu da emissora de Edir Macedo no ano passado. Aos 35 anos, Renata Dominguez fez uma escolha radical em 2014, quando optou por ficar sem contrato para correr os riscos que buscava. Desde então, integrou o longa “Vestido pra Casar”, com Leandro Hassum, e estrelou a série “Na Mira do Crime”, da FOX. Atualmente está livre, leve e linda. Sedenta por desafios – afinal, ela precisa de estímulos.

Sem contrato, no auge da beleza. Que fase é esse da Renata e o que motivou tomar a decisão de sair da Record?

– Optei por correr o risco, sair da zona de conforto. É a primeira vez em 23 anos de carreira que não tenho um contrato fixo com uma emissora. Minha vida pode mudar a qualquer ligação e tenho de estar pronta. E isso não envolve só o meu físico, mas meu interior. Foi uma decisão muito consciente. Hoje me permito selecionar. Não vou aceitar qualquer coisa só pra dizer que estou no ar.

O fato de ser uma brasileira no Equador ajudou no começo de carreira?

– Muito. O país tem uma característica marcante de divergências entre duas regiões (Guayaquil e Quito). Sendo estrangeira, eu ficava fora de qualquer preconceito regional, tive aceitação nacional. Na época, a Xuxa era a Rainha dos Baixinhos e, por ela ser um mito, acabaram transferindo para mim um pouco do carinho que tinham por ela. Eu era a brasileira deles.

Você tão jovem já era apresentadora em emissora grande. O que levou da experiência para a carreira?

– Adquiri um senso de responsabilidade e disciplina muito nova, com as críticas, a vaidade que existe nesse meio. Amadureci muito rápido, quase não tive adolescência. Por outro lado, me ajudou a ter os dois pés cravados no chão. Não trabalho pra ser famosa.

O que espera do homem que estiver a seu lado?

– Tem de ser charmoso e apaixonado. Romantismo tem que existir, é o que quebra a rotina. Mas precisa ser dosado, senão satura. E também tem que ter senso de humor, porque a vida já é tão difícil que se não tiver leveza fica um fardo. Eu quero companheirismo, cumplicidade, tesão. Nunca tive paciência pra ficar, não saber se vai ligar ou não. Mas é necessário aprender a ficar sozinha um tempo. Quem não é um bom ímpar não pode ser um bom par.

A relação com o sexo mudou depois dos 30?

– Pra mim, sexo é com amor. Não é um prazer imediatista, tem que ter algo mais pra chegar a esse grau de envolvimento. Nunca fui de me entregar sem me sentir especial. Agora, a partir do momento que me sinto valorizada, a pessoa tem tudo de mim e, quando se ama, tudo é válido entre quatro paredes. Gosto de ser seduzida e gosto de surpreender

Texto e imagens reproduzidos do site: revistastatus.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário