Publicado em: 26/05/2015
Em busca de desafios como atriz, ela abriu mão do salário da
Record. Para se entregar a um homem, é categórica: só com amor. Não tem como
não amá-la nas próximas páginas
Fotos André Nicolau
Edição Ariani Carneiro Texto Pedro Henrique França Styling Breno Votto Beleza Carla Biriba
(bliss me makeup)
STATUS 46 - CAPA
Quando chegou ao hotel La Maison by Dussol, na Gávea, local
do ensaio de capa, Renata Dominguez já tinha recebido o primeiro presente. Era
Dia Internacional da Mulher, mas há 35 anos também é aniversário dessa mulher.
Sua família, na virada da noite, apareceu com um bolo. Ao final do ensaio, após
oito horas entre cliques, cinco trocas de (poucas) roupas e poses exercendo a
sensualidade, mais um parabéns. Quando chegou em casa… Surpresa! Uma festa
estava armada. Ela adorou tudo, mas não comeu nada de doce.
Numa dieta rigorosa de proteínas, além de personal trainer
de domingo a domingo, ela tenta fixar o ponteiro da balança nos 55 quilos – bem
distribuídos em 1,67 m de altura. “Tenho facilidade para ganhar e perder peso,
mas sempre tive muita dificuldade para manter. Quando estou trabalhando, seco.
Quando estou de férias, ganho uns quilinhos. Amo chocolate branco e queijos”,
conta essa carioca mignon de perfil europeu herdado do pai, de traços
espanhóis.
Difícil acreditar que, no auge de sua boa forma, ela sofra
do efeito sanfona que revela, assim como em sua timidez. É que essa
característica ela disfarça bem. “Preciso ser um personagem para encarar as
lentes do fotógrafo. Quando estou muito tímida, rio e falo muito, me camuflo.
Pareço extrovertida, mas não sou”, confidencia. Explorar seu lado sensual é
algo que, diz ela, veio com a maturidade. “Como atriz preciso estar pronta para
lidar com qualquer desafio. E preciso de desafio, é ele que me dá estímulo”.
Desafios – e estímulos – ela tem desde cedo. Filha de pai
executivo de construtora, seguiu uma vida cigana conforme as transferências do
trabalho. Saiu do Rio de Janeiro com 3 anos, teve infância em Goiás, aos 12
chegou no Equador. Com apenas dois meses na cidade, foi fazer um teste na
Ecuavisa, maior emissora local, por indicação da dona da escola de dança que
frequentava. Entre cerca de 300 equatorianas foi selecionada para ser
apresentadora.
“Tudo na minha vida aconteceu assim. Achei que estava indo
fazer um teste de dançarina e acabei sendo apresentadora. Quando voltei para o
Brasil, foi a mesma coisa. Fui cursar arquitetura, acabei fazendo aula de
teatro por hobby. Daí fui chamada para um teste de ‘Vale Todo’ (versão
espanhola da Globo para Vale Tudo) e uma semana depois estava em Malhação”,
comenta a atriz.
Depois de três anos na novela teen da Globo, ela se
transferiu para a Record, onde fez cinco novelas e uma minissérie. Saiu da
emissora de Edir Macedo no ano passado. Aos 35 anos, Renata Dominguez fez uma
escolha radical em 2014, quando optou por ficar sem contrato para correr os
riscos que buscava. Desde então, integrou o longa “Vestido pra Casar”, com
Leandro Hassum, e estrelou a série “Na Mira do Crime”, da FOX. Atualmente está
livre, leve e linda. Sedenta por desafios – afinal, ela precisa de estímulos.
Sem contrato, no auge da beleza. Que fase é esse da Renata e
o que motivou tomar a decisão de sair da Record?
– Optei por correr o risco, sair da zona de conforto. É a
primeira vez em 23 anos de carreira que não tenho um contrato fixo com uma emissora.
Minha vida pode mudar a qualquer ligação e tenho de estar pronta. E isso não
envolve só o meu físico, mas meu interior. Foi uma decisão muito consciente.
Hoje me permito selecionar. Não vou aceitar qualquer coisa só pra dizer que
estou no ar.
O fato de ser uma brasileira no Equador ajudou no começo de
carreira?
– Muito. O país tem uma característica marcante de
divergências entre duas regiões (Guayaquil e Quito). Sendo estrangeira, eu
ficava fora de qualquer preconceito regional, tive aceitação nacional. Na
época, a Xuxa era a Rainha dos Baixinhos e, por ela ser um mito, acabaram
transferindo para mim um pouco do carinho que tinham por ela. Eu era a
brasileira deles.
Você tão jovem já era apresentadora em emissora grande. O
que levou da experiência para a carreira?
– Adquiri um senso de responsabilidade e disciplina muito
nova, com as críticas, a vaidade que existe nesse meio. Amadureci muito rápido,
quase não tive adolescência. Por outro lado, me ajudou a ter os dois pés
cravados no chão. Não trabalho pra ser famosa.
O que espera do homem que estiver a seu lado?
– Tem de ser charmoso e apaixonado. Romantismo tem que
existir, é o que quebra a rotina. Mas precisa ser dosado, senão satura. E
também tem que ter senso de humor, porque a vida já é tão difícil que se não
tiver leveza fica um fardo. Eu quero companheirismo, cumplicidade, tesão. Nunca
tive paciência pra ficar, não saber se vai ligar ou não. Mas é necessário
aprender a ficar sozinha um tempo. Quem não é um bom ímpar não pode ser um bom
par.
A relação com o sexo mudou depois dos 30?
– Pra mim, sexo é com amor. Não é um prazer
imediatista, tem que ter algo mais pra chegar a esse grau de envolvimento.
Nunca fui de me entregar sem me sentir especial. Agora, a partir do momento que
me sinto valorizada, a pessoa tem tudo de mim e, quando se ama, tudo é válido
entre quatro paredes. Gosto de ser seduzida e gosto de surpreender
Texto e imagens reproduzidos do site: revistastatus.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário