Pixabay/Reprodução
Publicado originalmente no site da revista VIP, em 27 de fevereiro de 2018
3 passos para ser um líder melhor, segundo a neurociência
Líderes que entendem como o cérebro funciona costumam ganhar
em inovação, resiliência e agilidade na tomada de decisão
Por Lucas Vilela
O interesse em aplicar a neurociência às empresas vem
crescendo há décadas. Dia após dia fica mais claro o quão importante é o papel
da liderança no desenvolvimento de uma equipe e consequentemente no resultado
do produto final.
Apesar do receio de muitos chefes retrógrados, o “iluminismo
corporativo” tem rompido castas e a tomada de decisões está entrando cada vez
mais na conta da ciência.
Neste caso, vale mencionar também o hercúleo papel da
internet e principalmente das redes sociais em disseminar os resultados dos
gatilhos neurofisiológicos sociais. O LinkedIn talvez seja o maior
centralizador de cases da eficácia da erudição em processos de coaching.
Foi por meio da rede que demos de frente com Tara Swart,
neurocientista e membro da MIT Sloan School of Management, uma das mais famosas
faculdades do mundo especializada em negócios.
A professora é imperativa ao dizer que a formação do novo
bussinesman passa por cursos que ofereçam meditação, ioga, ginástica e
nutrição.
Ela, que é médica especializada em neurociência, defende que
o novo profissional precisa treinar o cérebro como um atleta de alta
performance. “Uma noite mal dormida faz seu ritmo cognitivo (atenção,
associação, memória, raciocínio) cair 5%.”
Ou seja, um mero jet lag pode atrapalhar um veredito.
“Quando todas as outras coisas são iguais, a resiliência
mental é o fator que realmente distingue o bom CEO de um mero manda-chuva “,
diz Swart.
Com isso na caixola, e para melhorar a tal, médica recomenda
que os líderes comecem trabalhando o seguinte:
1. Neuroplasticidade
“Tudo o que você experimentou em sua vida moldou seu cérebro
para favorecer certos comportamentos e hábitos”. Porém, eles podem ser lesivos.
Ao concentrar a atenção e praticar repetidamente novos
procedimentos, acontece um redirecionamento dos recursos químicos, hormonais e
físicos do sistema nervoso central para criar novos caminhos.
Aprender — especialmente assuntos pesados como uma nova língua
ou um instrumento musical — é a melhor maneira de aumentar a plasticidade.
2. Agilidade cerebral
Para ser ágil, você deve pensar com agilidade. Fácil, não é
mesmo?
A agilidade do cérebro é a habilidade de alternar com
perfeição modos de pensar: do lógico ao intuitivo e ao criativo.
Mas isso não quer dizer que ser multitask é a reposta para
os seus problemas.
Swart recomenda trabalhar cada questão de forma consecutiva.
Sim, uma de cada vez.
Isso aciona um “modo de alerta” sobre cada caso e permite
enxergar o tabuleiro por inteiro.
3. Simplicidade
Um mundo hiperativo coloca exigências impossíveis em
cérebros limitados. O estresse aumenta. A tomada de decisão sofre.
Swart sugere que líderes envoltos em tomadas de decisões
importantes diariamente joguem na lixeira, por exemplo, a escolha do que
vestir.
Isso significa uma deliberação a menos por dia.
O autor americano Henri David Thoreau disse certa vez: “Nossa vida é desperdiçada por detalhes”.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, é um adepto famoso dessa
filosofia de moda. Ele possui uma espécie de uniforme: camiseta, calça jeans e
tênis.
Que fique claro, não é para jogar metade do seu guarda-roupa
fora, mas sim pensar uma maneira saudável de equipá-lo.
Texto e imagem reproduzidos do site: vip.abril.com.br
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