Publicado originalmente no site da revista da Livraria Cultura
Olhar à frente.
Por Gustavo Ranieri.
Pedro Herz não é um homem saudoso, tampouco nostálgico. Talvez uma das maiores
semelhanças com sua mãe, Eva Herz (1911-2001), seja nem tanto a aparência
física, o amor pelos livros ou o apreço por concertos de música clássica, mas
justamente a modernidade que marcava as ideias dela e que é tão presente nas
que ele implementa há quase cinco décadas na linha de frente da Livraria
Cultura, um negócio ainda familiar, com 18 lojas físicas, comércio eletrônico –
a marca foi pioneira do e-commerce no Brasil – e presença em oito Estados. Bom,
era assim até o fim de julho passado, quando a empresa – Pedro é o Presidente
do Conselho Administrativo e seu filho Sergio Herz o CEO da marca – anunciou a
compra das operações da Fnac Brasil, agregando 12 lojas, ingressando em mais
dois Estados e ampliando consideravelmente o mix de produtos comercializados,
expandidos agora para a área de tecnologia e equipamentos de áudio e vídeo,
entre outros.
Em 1947, com 7 anos de idade, Pedro era só um menino quando
sua mãe deu início aos negócios. Com o objetivo de ajudar o marido, Kurt, a
pagar as despesas da casa, em um mundo que vivia o pós-guerra, ela observou que
outros imigrantes alemães como ela, vivendo em São Paulo e fugidos quando a
Segunda Guerra Mundial era iminente, queriam ler livros em seu idioma natal ou
em inglês, já que pouco ainda falavam de português. Foi assim que ela teve a
ideia de juntar algum dinheiro, comprar livros importados e alugá-los para os
conhecidos. Em 1953, quando não havia mais espaço para armazenar os títulos, a
família se mudou para uma casa na paulistana Rua Augusta, onde uma pequena sala
na frente do imóvel passou a ser a “locadora”, que aos poucos foi mudando até
virar uma livraria de fato. O nome em si, Livraria Cultura, só foi assumido
oficialmente em 1969, ano em que a próspera empresa se mudou para o Conjunto
Nacional (no espaço onde hoje é a loja Geek.etc.br) e Pedro assumiu o comando,
depois de ter atuado como pesquisador da revista Quatro Rodas, na Editora
Abril, e também na Editora Melhoramentos.
Desde então, a história já é conhecida por muitos, tanto quanto
o prestígio que acompanha as sete décadas de trajetória, celebradas neste 2017,
e pautada acima de tudo pela prática da palavra que Pedro diz estar quase
extinta do vocabulário brasileiro: compromisso. O que nem todos sabem é que,
aos 77 anos, o executivo mantém uma rotina extensa de trabalho. Diariamente se
dirige pela manhã à empresa, onde costuma ficar até o fim do dia, isso quando
não visita algumas lojas aos fins de semana. Sabe ser rígido quando necessário,
mas também afável; sabe admitir quando está errado, mas pode bater o pé se está
convicto de uma ideia que deseja implementar.
Morador do último andar do Edifício Copan, no centro da
capital paulista e a 115 metros de altura, Pedro Herz é um misto de
proprietário da companhia e personagem da mesma. Basta andar pela loja matriz
para logo virem pessoas variadas o cumprimentarem – e ainda faz questão de
prestigiar diversos lançamentos de livros, sejam de autores conhecidos ou não.
É também o homem que disse de antemão que o livro digital, o qual ele
comercializa, não abalaria o livro físico – e os números comprovam que ele
estava certo –, assim como já antevê o porvir não somente das livrarias, mas do
varejo de modo geral, ramo do comércio que, em sua opinião, será em um futuro
não tão distante assim apenas uma espécie de showroom de produtos e espaço para
trocas de experiências e entretenimento do consumidor.
Como se pode ver na entrevista a seguir, Pedro Herz é um
autêntico livreiro, com o olhar à frente, mas com as raízes no mesmo lugar.
Pedro, quando observo as entrevistas concedidas por você nos
últimos cinco anos, é notório um pessimismo expressado em relação ao país e às
dificuldades econômicas. Mas, de repente, em meio a um ano complicadíssimo como
este de 2017, a Livraria Cultura anuncia a compra das operações da Fnac Brasil,
o que causou surpresa e certa incompreensão deste passo no cenário atual. Você
pode explicar melhor?
Bom, a primeira parte da pergunta é o porquê do pessimismo.
O pessimismo é oriundo de eu ficar mais velho e querer ver um país melhor. Você
envelhece e começa a ter pressa de ver o país diferente. No fundo, é
simbolizado por isso. Mas, à medida que você fica mais velho, começa a se
perguntar: será que vou conseguir ver? Para ver a luz no fim do túnel, é
necessário enxergar o túnel primeiro e, nesse momento, está difícil de vê-lo.
Já sobre a aquisição da Fnac, é ir na contramão de onde as pessoas estão indo.
Se todos vão para lá, eu vou para cá; talvez me dê bem. E essa foi uma
oportunidade de agregar novos produtos ao nosso negócio. Nós temos hoje de
começar um ciclo novo, da mesma maneira que no passado começamos quando
passamos a comercializar CDs e DVDs e tivemos de aprender a lidar com essa
área. Tudo se aprende na vida, e da mesma maneira vamos aprender a vender os
produtos eletrônicos que a Fnac vendia, como computadores, televisões, etc. Faz
parte de um objetivo de oferecer um mix de produtos, pois, com as lojas que
temos, com o tamanho que são e com o mercado consumidor atual, acho difícil se
manter exclusivamente com livros. Resumindo é isso.
Entretanto, estar na “contramão” acarreta riscos, correto?
Há a consciência da existência deles?
Hoje, nós temos uma infraestrutura bem interessante, a
empresa é muito bem controlada. Ela é muito bem estruturada. Claro que, no
momento que vivemos, as previsões nem sempre se realizam. A gente não consegue
alcançar as metas, mas isso parece que é um mal geral. Se nem o governo chega a
suas metas, por que os outros haverão de chegar? Mas precisamos cumprir nossos
objetivos, para não deixar a situação piorar. E o país é muito grande e oferece
uma potencialidade enorme. Se arrumarmos a casa, acho que as coisas ficam mais
visíveis e temos um bom caminho pela frente.
E os caminhos necessários para um ajuste total do país, como
você os analisa?
Acho que há um consenso no Brasil de que pouca coisa
funciona, se é que alguma coisa funciona. Então, essas mudanças que estão sendo
faladas e propostas são necessárias, não tem mais como postergar isso. Chegamos
a um ponto em que elas precisam ser feitas. Se o modelo para as colocar em
prática está correto, acho que teremos de pagar o preço para ver. Mas há um
consenso de que são estritamente necessárias. Se não fizerem as reformas, o
Brasil quebra. O bom senso fala que tem de ser feito da maneira menos dolorosa
possível, mas alguma dor é inevitável. Mas já estamos pagando um alto preço
pela quantidade de desempregados no Brasil. E desperta questões: como será o
emprego daqui para frente? Haverá emprego ou haverá trabalho? Como serão as remunerações
desses trabalhos? Enfim, não terei tempo hábil para avaliar o resultado disso,
mas as mudanças são necessárias.
Obviamente, fica cada vez mais difícil manter empresas
saudáveis, né?
Sem dúvida nenhuma. Fica muito complicado. A máquina estatal
nossa, seja federal, estadual ou municipal, é de uma ineficiência que merecia
todos os prêmios, sabe? A ineficiência da máquina pública brasileira é
gritante, é muito triste ver isso. Brinco que, se a iniciativa privada
funciona, por que não privatizar o Estado? Não vou generalizar, pois é claro
que existem pessoas competentes. Mas exemplos de boa gestão são raros.
Outro retrato até o momento imutável no Brasil é o que
atesta o baixo índice de leitura no país. Há alguma crença de sua parte de que
isso melhorará e que teremos mais leitores?
Acredito que é uma coisa absolutamente possível. Mas se vou
vivenciar é outra coisa. Estou convencido de que leitores são feitos em casa,
mas contra esse meu pensamento existe uma realidade de que hoje em dia muitos
casais decidem não ter filhos. Soma-se a isso nosso falho processo de educação
e também o fato de o Brasil ter deixado de oferecer qualidade de vida aos seus
habitantes.
Mais uma realidade brasileira é a falta de mão de obra
qualificada. Como empresário, de que forma você observa esse quadro?
É bem complexo. A gente sabe mais a cada dia que passa sobre
cada vez menos. É como se você precisasse de um profissional que aperta
parafuso e um que desaperta. E a gente precisa se convencer de que a tecnologia
está aí para ser usada e ela nem sempre é amiga do emprego. Pelo contrário, já
que muitos empregos estão sendo substituídos por robôs. Temos esse problema,
que é um dilema mundial. Mas precisamos aprender a ter coerência entre o pensar
e o agir. Nós não podemos pensar tecnologicamente e não agir tecnologicamente.
Se nós não tivermos uma coerência sobre isso, fica difícil, né? Porque a
máquina fará uma coisa que determinada pessoa fazia no passado, mas o que ela
fará no futuro? Cabe a cada um de nós também se reinventar e dizer: a partir de
amanhã farei outra coisa.
A reforma trabalhista te agradou?
Longe disso, ela não deu conta do que é necessário. As
regras trabalhistas no país são do arco da velha, não podem mais ser assim. O
mundo mudou e o Brasil precisa se adaptar. Qual é o modelo correto eu não sei
e, em minha opinião, o que o Brasil não faz, mas deveria fazer, é olhar onde
funciona, ver qual é o modelo que deu certo e como pode aproveitá-lo. Mas a
gente quer criar tudo sozinho e faz errado em vez de copiar modelos que
funcionam, que já foram testados, ajustados. Tem de ter a vontade política de
fazer e daí as coisas acontecem. Uns vão ficar contentes e outros vão ficar
descontentes, é absolutamente normal. Não dá para contentar a todos..
Muitas vezes você declarou a intenção de acelerar uma
profissionalização da gestão da empresa, de a livraria deixar de ter uma gestão
familiar, como ainda é hoje. Porém, a cada passo da Cultura, tendo como exemplo
a própria aquisição da Fnac, e com você muito ativo junto ao Sergio Herz (filho
e CEO da Livraria Cultura desde 2011), dá a sensação de que continuará a ser
familiar. É uma percepção errada ou existe ainda esse desejo?
Existe o desejo e acho, e o Sergio concorda, que uma empresa
familiar atingindo determinado tamanho precisa ter uma gestão profissional. E,
com essa aquisição, a Cultura se torna deste tamanho. Na realidade, ela
praticamente dobra de tamanho. Então, o objetivo é não ter mais um CEO da família
que é controladora da empresa. Mas, sim, profissionais que ou entregam ou saem.
Assim como um primeiro-ministro de um país que tenha um regime parlamentarista.
Sem confusões, sem traumas. Ninguém é perfeito, é possível que dê certo, é
possível que não dê certo. E nós estamos num ponto com uma boa infraestrutura,
em que conseguimos minimizar os erros. Não que a gente não erre, claro que vai
errar sempre, mas as chances passam a ser menores porque estamos muito bem
informados sobre tudo o que se passa. Então a gente comete novos erros, não os
mesmos. Chegamos a esse ponto em que a empresa vai precisar que todos sejam
gestores profissionais e não mais acionistas. Existem coisas psicológicas na
relação e no controle familiar que não podem ir para a gestão.
Mas esse é um plano com que prazo?
Acho que de curto para médio prazo. Quer dizer, claro que
isso não vai acontecer amanhã. Nós temos 12 lojas a mais agora [após a compra
da Fnac], em alguns lugares com duplicidade, o que não cabe. As lojas precisam
ter uma identidade, precisam ser modernizadas, e nós vamos rever isso.
Mas você estaria preparado para parar de trabalhar?
Totalmente. Parar de trabalhar, não, mas trabalhar aqui,
sim.
Pergunto porque muitas pessoas não imaginam, mas você está
presente diariamente na empresa e cumpre um longo expediente.
Há novos produtos dentro da companhia que eu desconheço
totalmente. Não sei comprar e vender computadores, por exemplo. Posso aprender,
mas não é o meu desejo.
Mas quem será o Pedro Herz fora do dia a dia da companhia?
Dentro de mim, há uma coisa de não correr atrás da
felicidade. Isso é bobagem. Corro atrás de uma vida interessante. Não busco a
felicidade, não sei bem o que é isso. Se sou hoje um executivo da Livraria
Cultura, posso ser amanhã uma outra coisa qualquer e fazer coisas que também me
interessam.
Então você realmente conseguiria ficar longe dos negócios?
Conseguiria sem problema nenhum. Não tenho a menor
dificuldade com isso. Tenho uma vida muito simples, ando de ônibus, de metrô.
Meu carro tem nove anos de uso. Tenho uma vida comum e não vejo problema de
tê-la em outros cantos do mundo, criar coisas, pisar em terrenos que nunca
pisei; pode ser que eu descubra que não me dão prazer, mas são interessantes de
se conhecer.
Você acha que sua mãe, Eva Herz, se assustaria com o tamanho
que a Cultura tem hoje?
Não saberia te dizer, mas ela disse, no ano 2000, uma frase
que usamos: “Isto há de ser uma grande livraria”. Então, acho que ela não se
assustaria. A gente caminhou para isso, não foi um passo falso. Mas tenho
absoluta consciência da realidade, que manter estabelecimento do tamanho que a
gente tem com livros é absolutamente inviável e precisamos remodelar isso.
Quando a livraria começou a comercializar e-books e
e-readers, você declarou que o livro digital não tomaria o lugar do papel, mas
serviria mais para quem quer viajar e não quer carregar muito peso, por
exemplo. A sua opinião permanece a mesma?
Sim, permanece exatamente a mesma. Tanto é que as vendas de
livros eletrônicos são decrescentes e o aparelho de leitura não faz leitor.
E não faz o leitor por que em sua opinião?
Porque ele não cria o hábito da leitura. Quem não lia em
papel não passou a ler por causa do aparelho. Mas quem tem o hábito de ler
ganha uma mídia a mais. Antes ele só tinha o papel, hoje ele pode escolher. Por
exemplo, se a pessoa vai viajar, ela pode decidir levar um livro impresso de
500 páginas ou um aparelho que pesa 80 gramas.
Pedro, se olhássemos alguns anos adiante, como você imagina
a Cultura?
Acho que ela deixará de ser somente livraria. Ela será um
estabelecimento comercial com uma variedade enorme de produtos, ligados entre
si de alguma forma e que levem conteúdo junto com eles, mas não somente um vaso
para se colocar flores, por exemplo. Serão produtos dinâmicos, que agreguem
conteúdo. Nessa direção, será um varejo bem interessante.
E isso daqui a quanto tempo?
Isso é rápido, é um processo rápido.
Faz parte do crescimento.
O crescimento natural de qualquer negócio que seja implica
em alguns movimentos. Se hoje você trabalha só com livros, vai deparar com o
momento em que precisará agregar outra coisa. Nenhuma indústria nasce grande.
Ela nasce pequena, daí cresce, vai ficando mais complexa, fabrica mais
produtos. Assim também é no varejo. Veja a Amazon, que é uma excelente
prestadora de serviços. Ela começa nos EUA apenas com livros, mas o senhor Jeff
Bezos [fundador da Amazon], inteligentíssimo, por quem tenho admiração,
detectou algo que nós de alguma forma sabíamos, mas ele detectou e foi
extremamente inteligente e hábil nas ações: ele percebeu que o leitor toma
vinho, usa camiseta, compra meia, tênis. Mas o inverso não é verdadeiro. Ou
seja, quem compra vinho, meia, tênis, chapéu não necessariamente compra livro.
A partir desse momento, por exemplo, ele passa a oferecer vinho ao leitor. E,
se oferece vinho, também faz isso com copo, adega... Oxalá esse modelo se repita
com todas as empresas. Neste ano, a Amazon comprou a Whole Foods, que é uma
cadeia de supermercados de alimentos saudáveis. E, em minha opinião, não foi
para adquirir um negócio a mais, mas para oferecer uma nova forma de logística,
de repente servir a todos os restaurantes. E Jeff Bezos está se esforçando para
aprender isso. Aplausos para ele. Por isso repito: ninguém nasce grande.
O e-commerce é um modelo que obviamente tomou conta do mundo
todo e representa uma fatia enorme dos rendimentos das empresas. Algumas,
inclusive, deixaram de ter loja física e ficaram somente no online e outras
nasceram apenas digitais. Por outro lado, sabe-se que o comércio eletrônico não
fideliza nem facilita uma relação mais afetiva do cliente com a marca. Em boa
parte das vezes, o consumidor digita o nome do produto em um buscador que
compara preços e ele compra de onde for mais barato. Por isso, pergunto: no
caso da Cultura, que historicamente é marcada pela relação afetiva das pessoas,
que circulam pela loja com gosto para descobrir coisas, para as trocas
culturais, como se lida com esses dois cenários? Como se mantém a afetividade
em tempos de e-commerce tão presente?
Acho que o varejo passa por enormes mudanças no mundo todo.
Vamos ter de encontrar uma solução. Penso que o varejo, em um futuro muito
próximo, se já não o é, será um showroom de produtos. Vai exibir um produto
para você olhar bem, tocar, ver se é leve ou se é pesado, se a cor é aquela de
que você gosta, se ele abre para a esquerda ou para a direita, para cima ou
para baixo. E o fabricante pagará a esse estabelecimento para expor seu
produto. Já a compra será toda feita pelo comércio eletrônico e pelo menor
preço. O varejo será o local em que pouca coisa será entregue diretamente ao
consumidor. Na internet, você vê imagens, vê uma série de coisas, mas, no caso
de uma geladeira, por exemplo, você pode até ver uma foto, saber as dimensões.
Porém, observar a distância entre prateleiras em uma imagem é diferente de ver
pessoalmente. E quem compra uma geladeira vai querer mais informação além
disso. Para isso que existirão as lojas. E, em minha opinião, isso vai
acontecer com todos os estabelecimentos comerciais, exceto os supermercados.
Quando você observa a história da Cultura, há saudade de
algo que foi vivido?
Não saudade propriamente dita, mas diria que tenho gratas
recordações de quando éramos reconhecidos por entender o que os leitores
queriam. Entendíamos a linguagem que eles falavam. A gente tenta fazer isso,
mas hoje acho que inverteu a situação. Atualmente, nós dizemos o que o cliente
quer. Sabe, ele não tem tanta noção do que está querendo e busca um conteúdo
pronto. Então inverteu um pouco esse papel. Acho que o nosso time aqui é muito
bem preparado, apto a informar o consumidor.
E qual é o principal legado desses 70 anos de história e o
legado que você deixará?
Vou dizer em uma resposta muito rápida: o legado que herdei
e deixo é não se esquecer da palavra compromisso. A empresa tem compromisso com
seu cliente e continuará tendo. E compromisso é um palavrão erradicado do
vocabulário nacional. Mas aprendi e ensinei a tê-lo. Talvez por ter sido
escoteiro, e um dos lemas do escotismo é: “O escoteiro tem uma só palavra se
uma honra vale mais do que a própria vida”. Aprendi isso quando era moleque.
Não preciso do contrato, é só uma formalidade. O que combinarmos de palavra
será cumprido. E, se não cumprirmos por alguma razão, pagaremos as
consequências.
Texto e imagem reproduzidos do site: livrariacultura.com.br
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