Foto: inforgráfico | Erika Onodera/Editora Globo.
Publicado originalmente no site da revista Galileu, em 07/04/2014
Como problemas emocionais se transformam em doenças?
Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara reações para
enfrentá-la ou fugir dela
Por Cida de Oliveira.
A ideia de que fenômenos emocionais levam a alterações
físicas é antiga. Em 1628, o anatomista inglês William Harvey (1578-1657)
observou que todo mal-estar sentido na mente era direcionado para o coração. Hoje
se sabe que o inconsciente interpreta e responde ao que chega ao cérebro por
meio das terminações nervosas do corpo. É o que acontece quando levamos um
susto, por exemplo.
Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara reações para
enfrentá-la ou fugir dela. “O coração acelera os batimentos para redistribuir o
sangue para os músculos correrem ou lutarem e para o cérebro processar com
rapidez toda essa situação. É por isso também que, para oxigená-los, a
respiração fica mais rápida. É o chamado estresse, que envolve o sistema
nervoso, hormonal e imunológico”, explica Artur Zular, presidente do Comitê
Multidisciplinar de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.
Sem a fonte estressora, o corpo volta ao normal. Mas em caso
de estresse permanente as coisas se complicam: os órgãos podem se esgotar,
adoecer e o sistema imunológico tem sua ação inibida, facilitando o
aparecimento de asma, alergias, gastrite, infecções e problemas cardíacos.
Fontes: Artur Zular, Presidente do Comitê Multidisciplinar
de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina; Ricardo Monezi,
pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp; e Sérgio
Hércules, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.
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