sexta-feira, 16 de março de 2018

Ana Paula Lima, alma cigana



Fotos: Daryan Dornelles/Revista VIP

Publicado originalmente no site da revista VIP, em 15 de março de 2018

Ana Paula Lima, alma cigana

Antes de fincar o pé de vez no Brasil, Ana percorreu pela Alemanha, Áustria, Portugal, França... até o Marrocos

Por Giovanna Rossin

Hoje atriz da novela global Salve Jorge, Ana Paula lima se sentia uma cigana enclausurada uns anos atrás em sua cidade natal, a paulista Assis.

Por muito tempo, conteve uma vontade de se libertar porque não tinha certeza do que fazer.

Aos 17 anos, foi passar um ano na Califórnia, onde finalizou o ensino médio.

Tempo suficiente para começar a formar as asinhas que não pararam mais de bater. Na volta ao Brasil, instalou-se em Piracicaba (SP), formou-se em publicidade e trabalhou pouco tempo no ramo. Logo bateu de novo a vontade de voar.

Fez as malas — ou melhor, um mochilão — para circular sozinha pela Europa por quatro meses.

Foi para Alemanha, República Checa, Áustria, Portugal, Espanha, França e deu uma esticada africana até o Marrocos.

O tempo em cada lugar dependia dos amigos e planos que fazia no calor do momento.

Para Ana Paula, era assim a liberdade.

Nessa época, teve muito tempo para pensar o que queria fazer da vida, e aflorou um desejo que ela sempre teve, mas sufocava: ser atriz. “Foi com a maturidade que tirei minha insegurança”, lembra ela, hoje com 29 anos.

Para que lugar o novo bater das tais asinhas a levou? Rio de Janeiro, onde emendou vários cursos de interpretação.

Os primeiros trabalhos foram no teatro, em 2008 e 2009, com as peças C8H11N02 (fórmula da dopamina) e Exercício Número 2: Formas Breves (baseada em fragmentos de célebres obras literárias).

Na TV, fez pequenas participações em novelas da Globo até surgir, no ano passado, o convite para participar de Salve Jorge como a personagem Karla.

Ela está no núcleo das mulheres que são levadas à Turquia sob a ilusão de trabalhar como modelos e acabam enganadas. “Assim como a maioria delas, Karla entrou nessa por almejar uma vida melhor, mas foi parar num cativeiro. Lá elas são o tempo todo roubadas. Roubam sua dignidade e vontade de viver. Há dias em que interpretamos a raiva delas. Noutros, a tristeza, a humilhação e o sentimento de fuga. É pesado, mas estou muito feliz em poder alertar a sociedade de um problema real.”

*Matéria originalmente publicada na edição 337 da revista VIP.

Texto e imagens reproduzidos do site: vip.abril.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário