Créditos: Alex Batista
Publicado originalmente no site da Revista TRIP, em 17 de janeiro de 2018
Uma Mulher Simples
Uma das atrizes mais requisitadas de sua geração, Carla
Salle derreteu o coração do colega Gabriel Leone - seu namorado desde 2016,
autor de declarações explícitas de amor e parceiro neste ensaio
Por Micheline Alves
Um dia a atriz Carla Salle, 26, foi ver o namorado, Gabriel
Leone, no teatro. Era dia 8 de outubro do ano passado, aniversário dela, e ele
estava em cartaz com o musical Wicked. Na saída, Gabriel pegou celular e fones
de ouvido e ofereceu pra ela. “Ouve isso.” Carla ouviu: era uma música dele,
composta e gravada em estúdio especialmente para ela.
“Tá tudo azul, tem café
Já era, foi, não tem ré
Amor de homem, amor de mulher
Eu e você pro que der e vier”
A letra traz a história do romance dos dois, que teve as
primeiras fagulhas no ano novo de 2016, mas que pegou fogo de verdade meses
depois. “A história do café é uma memória muito gostosa desses primeiros dias.
De acordar, dançar, estar junto”, explica o ator-cantor-compositor-guitarrista.
“Muita coisa veio depois, inclusive trabalhos juntos. Mas a gente está sempre
atrás de manter aquela sensação.”
Gabriel achou Carla linda desde a primeira vez que a viu, e correu
atrás – na versão dele, ela não parecia tão empolgada de início. Mandou
mensagem, se apresentou, cercou. Na versão dela, houve sim certo desencontro,
mas em pouco tempo ela passou a gostar de tudo. “A gente tem muita
cumplicidade. Este ano, de férias na Chapada Diamantina, na Bahia, tivemos uma
briga e ficou aquele silêncio. Aí fomos a uma cachoeira e de repente se formou
um arco-íris na água, uma coisa linda. Logo a gente se desvencilhou da briga e
embarcou de novo no amor”, conta ela. “A gente não é fácil, são duas
personalidades fortes, mas rapidamente trocamos o orgulho pelo entendimento,
pelo coração.”
Carla Salle nasceu em Niterói, mas aos 10 anos de idade, com
a separação dos pais – uma professora que depois virou advogada e um
comerciante –, mudou com a mãe para São Paulo, onde viveu até os 19. Ela diz
que sempre foi ligada à arte: a mãe chegou a fazer teatro amador e a pequena
Carla, ainda em Niterói, ficava encantada com os ensaios. Ela mesma fez teatro
na escola desde a infância e, embora não pudesse enxergar aquilo como
profissão, entendeu que estar no palco era algo que tocava as pessoas. E era
divertido. “Eu já percebia o poder transformador da arte. E meus pais sempre
incentivaram. Somos uma família unida, sem cobranças sobre ‘dar certo numa
profissão’. Lá em casa, dar certo é trabalhar com paixão”, diz.
De malas prontas
Em 2011, selecionada para o elenco de Malhação, na Globo,
mudou para o Rio de Janeiro – onde mora ainda hoje, na Gávea. Dali em diante,
foi um trabalho atrás do outro: fez as novelas Sangue bom (vivendo uma
patricinha), Babilônia (uma garota de programa), Totalmente demais (uma
ativista feminista) e Os dias eram assim (uma idealista).
Nesse último trabalho, contracenou pela primeira vez com
Gabriel. “Foi muito enriquecedor pra mim, porque, para além do amor, eu o
admiro muito como artista. A gente é muito parceiro, troca referências, está
sempre levando alguma coisa um pro outro.” Nesse momento, os dois gravam juntos
a minissérie Onde nascem os fortes, no sertão da Paraíba, um lugar que ela diz
ter tudo a ver com o casal. “Minha avó é do sertão de Pernambuco e eu senti uma
conexão muito grande. Estou muito influenciada, modificada, muito atravessada
pelo sertão. A língua, o sotaque, o despojamento, esse lugar do essencial, nos
faz crescer muito.”
Desde que começaram a namorar, os dois são alvos frequentes
de paparazzi no Rio, mas procuram lidar com naturalidade – sem jamais se
encaixar, ela diz, “no quadrado do casal perfeito em que nos colocam”. Para
Carla, quanto menos um ator se expuser pessoalmente, melhor será seu trabalho,
seus personagens. É por isso que fazer ensaios como este são raros. “Estamos
posando juntos para uma revista porque é um trabalho artístico e toda forma de
arte nos atrai e diverte. Mas a gente foge do que é raso. Não estamos nessa
carreira para mostrar a nossa imagem, mas para contar histórias.”
Texto e imagens reproduzidos do site: revistatrip.uol.com.br
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